O engenho de Itapecerica, em Mamanguape-PB, foi de propriedade de famílias aristocráticas detentoras de prestígio político e econômico como a dos Albuquerque Maranhão, originária do Rio Grande do Norte, que pela sua participação ativa no movimento republicano de 1817 tiveram seus bens sequestrados e muitos foram executados. O engenho passou por diversos donos e foi palco de diversos conflitos políticos e fundiários. A tomada de Itapecerica pelos Lundgren, que foi comemorado na famosa “Festa do Cunhão de Boi 2”, acirrou profundamente o desentendimento entre tais famílias, teve como motivação sua grande influência econômica devido a indústria agrícola ser responsável pela absorção de grande quantidade de trabalhadores no município de Mamanguape, sobretudo, durante a safra. “Nessa ocasião, convergia para a zona das usinas grande número de trabalhadores vindo do agreste e do sertão” (ANDRADE,1997, p.53-54). E com o passar do tempo, a industrialização e a influência da CIA de Tecidos Rio Tinto, houve o gradativo declínio até chegar ao ponto que conhecemos hoje, como ruínas.
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Artigo do Simpósio Nacional de História
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